O mundo virtual e a autoestima
Aspiro a uma internet sem assuntos desinteressantes. Quero
abrir uma página de notícias e não ser obrigado a ver as fofocas, os
acontecimentos relacionados com toda a gama de futilidade que nos são
apresentadas em poucos cliques.
Quero ter a liberdade de poder visualizar nas páginas
visitadas, somente os assuntos que realmente me interessem.
Essas notícias incultas, não agregam nada ao saber. Não
agradam ao meu sistema cognitivo. Ao contrário, é uma afronta a quem quer
realmente diferir das idéias que permeiam o pensamento da maioria.
Na idiossincrasia desses “fuxicos”, somos acometidos a uma
avalanche de fatos que querem nos afastar da verdadeira vida real, daquilo que
realmente nos importa.
O que muda em nossas vidas saber quem casou com quem, quem
separou de quem, quem fez cirurgia plástica, quem fez isso ou aquilo?
É certo que as pessoas de um modo geral, não se perguntam o
porquê de se interessarem por estes assuntos. Afinal, querer saber da vida
alheia parece mais interessante nos dias atuais.
Por isso vemos tantas frases sobre auto-estima, tantas
pessoas pedindo amor e atenção, porque não sabem meditar sobre suas próprias
vidas, não sabem planejar seus próprios objetivos. É como se vivessem a vida de
outrem, enclausurado em suas inconsistências, medos e angústias. É como se o
outro tivesse a vida que a própria pessoa gostaria de ter. Daí a importância
que dão ao mundo das celebridades.
Viver o seu “eu”, se faz necessário, pois só assim olharemos
tudo ao nosso redor sob outro prisma.